CRÍTICA – Hanna (2ª temporada, 2020, Amazon Prime Video)

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Hanna

Hanna, produção original da Amazon Prime Video, é uma série adaptada do livro homônimo escrito por Seth Lochhead e David Farr. A obra já teve uma outra adaptação em 2011 com Saoirse Ronan e Eric Bana no elenco principal.

Com o fim da primeira temporada pautando o tom do segundo ano, Hanna (Esme Creed-Miles) se envereda por entre as mais diversas tramas que rodeiam seu nascimento: experiências com crianças recém-nascidas, seu “sequestro” ainda bebê de uma instalação extremamente bem guardada na Romênia – por seu pai Erik Heller, vivido por Joel Kinnaman -, e uma agência do governo americano disposta a encontrá-la de qualquer jeito.

Diferente da primeira temporada, o segundo ano da produção traz um tom mais fúnebre e solitário, ainda que a personagem não esteja mais sozinha.

Antigos inimigos se tornam aliados. Descobrimos uma conexão muito maior daqueles que querem desmantelar uma rede, além de um projeto que há muito haviam pensado estar destruído.

Hanna

A personagem principal tem uma visão maior do mundo na segunda temporada, tendo aliados como Clara (Yasmin Monet Prince), com quem ela cria um laço de forma instantânea, auxiliando e complicando ainda mais a fuga das garras da Ultrax.

ENREDO

Hanna

O enredo da série parece ter se desviado da história original ao ter passado muito tempo em tramas, a meu ver, irrelevantes, que remetem ao equivalente a um “high school” – pelo menos um high school brutal, com treinos de luta, de enganação e de guerra.

Com personagens que seguem cegamente ordens mirabolantes por parte daqueles que fornecem suas histórias de origem, a incredibilidade se torna palpável quando há uma manipulação citando a morte e a aparente tristeza de uma das recrutas que, assim como Hanna, nasceu dentro das instalações da Ultrax.

Hanna

O desenrolar da história se dá nos dois últimos episódios da temporada, quando as personagens passam a realizar as missões a que são designadas.

DIREÇÃO

A direção da série segue por caminhos interessantes ao  ressaltar a beleza dos lugares que serviram de locação para a produção, como a Espanha, Inglaterra e Bélgica.

As escolhas criativas da série se mostram dúbias ao nos apresentar o quão detalhada uma vida “criada” do nada pode ser, mas nos fazem sentir estupefatos quando encarados com o fato de que uma das cadetes mais promissoras e implacáveis poderia sofrer com a morte de um familiar criado do nada.

A credulidade das personagens que nunca tiveram com quem se importar, tampouco pessoas com quem se importassem com elas, nos fazem questionar a razão do diretor escolher seguir por esse caminho.



VEREDITO

O crescimento de Hanna e a preparação que Heller a deu quando ainda criança, se fazem extremamente necessários nesse momento, e ainda que ele não mais se faça presente, seu “fantasma” segue rodeando os pensamentos e as escolhas morais da filha.

De forma clara, a segunda temporada entrega bem mais que a primeira, levando tempo demais para desenvolver arcos que poderiam ser resolvidos em um ou dois episódios, mas levam três ou quatro para que uma das personagens pudesse desenvolver qualquer tipo de humanidade e pudesse se compadecer com o sofrimento de outra.

Ainda que se distancie bastante do ponto de partida da primeira temporada, Hanna se mostra mais experiente, e abre um leque de possibilidades para uma terceira temporada ainda mais intensa que as duas primeiras.

Nossa nota

3,0 / 5,0

Confira o trailer da segunda temporada:

https://www.youtube.com/watch?v=aCjgeOSCFFw

A segunda temporada de Hanna estreia no dia 3 de Julho de 2020 na Amazon Prime Video!

Quando assistir, lembre-se de deixar seus comentários e sua avaliação.

Nota do público
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